Em um Destination Wedding, papel do celebrante de casamentos é fundamental
Buffet, salão, vestido da noiva, terno do noivo, fotógrafos e videomaker. Muitas são as preocupações de um casal quando resolve se casar. Entretanto, tão importante quanto é escolher de maneira assertiva o celebrante do casamento. A pessoa que irá conduzir a cerimônia deve ser alguém que tenha a capacidade de captar a essência do casal, traduzir a história dos noivos e ter sensibilidade para transformar o dia mais especial no mais inesquecível. O casal Naarã Macedo e Emerson Bruno de Lima não apenas escolheu uma cerimônia personalizada, em um Destination Wedding, mas, um celebrante que entregou mais do que prometeu e do que eram as expectativas dos noivos.
Naarã e Bruno são brasileiros (ela de Ibiporã e ele de Curitiba), mas, se conheceram e se casaram na Itália, num cenário bucólico, charmoso e romântico de San Bonifácio, próximo de Verona, considerada a cidade do amor. Faltando dois meses para a celebração, pediram indicação de celebrante ao fotógrafo, Bruno Rubituci, também brasileiro, de Londrina. “Optamos por uma cerimônia personalizada em que fosse contada nossa história de um modo diferente e especial. Com a indicação, a gente foi ver os vídeos do Fábio e gostamos”, lembra Emerson Bruno. Por coincidência ou não, o celebrante Fábio Luporini também era de Londrina, mesma cidade do fotógrafo, ao lado de Ibiporã, cidade natal da noiva, Naarã.
Inicialmente, os noivos queriam que o celebrante preparasse a cerimônia para que algum amigo pudesse conduzi-la. Entretanto, Fábio Luporini fez uma proposta “indecente”, dizendo que iria até a Itália, cobrando apenas alguns custos operacionais. “Após várias reuniões, a gente acabou gostando das conversas e acabamos fechando com ele, que também, por sua vez, estendeu a mão e nos ajudou, ajudando com a questão da passagem, os valores e as tratativas”, conta o noivo.
Fábio Luporini, que é celebrante de casamentos há quase uma década, conta que, além da experiência, contou com a “mão de Deus” para poder celebrar esse Destination Wedding. “Quando recebi o convite, um casal de primos estava se mudando para Verona. Então, perguntei se me hospedariam, o que eliminou o custo de hospedagem do casal”, conta o celebrante, que já realizou centenas de celebrações em diversas cidades, desde Londrina, Maringá, Curitiba, São Roque e São Paulo, entre outras.
Preparação
Num Destination Wedding, quando o casal é de outra cidade, a preparação da cerimônia acontece via aplicativos de ligação por vídeo. “A gente conversou, ele fez várias perguntas, fez uma entrevista. Contamos a nossa história, teve risada, choro e emoção, teve tudo. Com a experiência do Fábio, a gente não precisou bater a cabeça em saber o que dizer, o que falar. Já estava tudo na ponta da língua”, diz Bruno. Naarã conta que foi pura confiança. “A gente confiou e deu certo.”
Além de celebrante, Fábio Luporini é jornalista. Talvez por isso é que o processo de preparação de uma cerimônia seja leve e bem conduzida. “Sempre digo que celebrar é como contar uma história, como o jornalista faz ao escrever uma reportagem ou livro. Então, minha missão é conduzir o casal, na reunião de alinhamento e na própria cerimônia, de maneira com que eu consiga extrair dos noivos as mais lindas emoções”, explica o celebrante.
A celebração
Naarã e Bruno consideram que a celebração do casamento deles foi a melhor que já viram na vida. “Para mim, foi a melhor das melhores. No casamento a gente chorou, a gente riu, todo mundo se emocionou. Foi a melhor experiência que a gente teve. De todos os casamentos que fomos, o nosso foi o melhor. Talvez por ser o nosso, não vai ter um que vai superar. Mas, a gente conhece outros celebrantes e podemos dizer que o Fábio é 10”, diz Bruno.
Teve gente que garantiu que não ia chorar. “Para mim, foi surreal, superou as expectativas demais. Muito mais do que isso. Foi uma celebração que contou nossa história com muito respeito, amor e carinho. Eu vi o zelo que ele teve. Foi uma das melhores celebrações que eu assisti. Chorei demais. Dizia para todo mundo que eu ia ser durona e que não ia chorar, e fui a que mais chorei. Foi muto importante, foi um momento muito especial”, avalia Naarã.
Em italiano
Num Destination Wedding, é importante que o celebrante esteja atento não apenas aos noivos, mas, também, aos convidados, principalmente quando existem pessoas de diversas nacionalidades. “Eu jamais esperei que o celebrante fosse falar tanto em italiano como ele falou. Ele disse que ia falar uma coisinha ou outra, mas, foi muito mais. Foi um zelo, um carinho, um aconchego”, conta Naarã.
Esse cuidado faz com que os noivos se sintam bem, assim como os convidados. “O Fábio foi uma pessoa que Deus mandou. Eu o indico mil vezes, com certeza, sem pensar. Por toda a experiência que a gente viveu, por toda a paciência, por tudo o que envolveu aquele dia e antes do casamento. Pelo desafio de vir aqui celebrar esse casamento na Itália”, ressalta Bruno.
Fábio Luporini explica que, embora não seja fluente em outros idiomas além do português, preocupa-se em dizer algumas palavras nas diferentes línguas quando há convidados de outras nacionalidades. “Nesse caso, eu não podia não falar em italiano. Havia muitos amigos italianos que também precisam entender o contexto da celebração. Então, quando não há um tradutor na cerimônia, procuro dizer algumas palavras em outro idioma. Já fiz assim com italiano, inglês e espanhol”, explica.
Destination Wedding
O celebrante aponta que, em um Destination Wedding, é preciso ter experiência não apenas com a celebração, mas, também, com todas as questões que envolvem esse tipo de casamento. Afinal, o Destination Wedding é caracterizado por uma celebração em que os noivos se deslocam de suas cidades de origem para se casarem em um local diferente, seja perto ou longe, seja no mesmo país ou no exterior. “O celebrante precisa levar em conta não apenas a diversificação de idiomas, mas, também, outras questões, com a viagem, o visto, a hospedagem, o deslocamento. Então, celebrar um Destination Wedding exige experiência”, ressalta Fábio Luporini.
Entre os detalhes, além da história do casal na celebração, o celebrante experiente em um Destination Wedding está atento às passagens aéreas, quais são mais baratas, que escalas e conexões serão feitas, além de preparar a viagem com antecedência e uns dias antes para não correr o risco de ser surpreendido com algum imprevisto, como voo perdido ou cancelado. “Ou seja, é preciso se preparar para o caso de, se acontecer algum imprevisto, dar tempo de resolvê-lo”, afirma Fábio Luporini. O mesmo vale para o transporte e a hospedagem até a cidade e o local da cerimônia. “É preciso deixar tudo alinhado com antecedência.”