De Londrina, onde moro, como faço para ir a Ilhabela, no litoral norte de São Paulo? Foi a primeira coisa que fui pesquisar assim que reservei o hostel. Eu não fazia ideia de como chegar. E na internet, há informações confusas. Bom, de qualquer lugar do mundo, primeiro de tudo é preciso ir até São Sebastião, que fica no continente. E, de lá, atravessar de balsa para Ilhabela. Aí está uma questão importante: você irá de ônibus ou de carro? Eu, por exemplo, fui de ônibus. E precisei atravessar a balsa a pé, porque ônibus de linha não entra na ilha. E foi super tranquilo!

Saindo do Norte do Paraná, a opção é ir de ônibus, carro ou aplicativos de transporte compartilhado (BlaBla Car). Descartadas as duas últimas opções, escolhi o ônibus. No caso, a Viação Garcia. Comprei passagens de ida e volta de São Paulo. Sem cupom ou promoção, paguei cerca de R$ 104 em cada uma. Mais taxas de embarque, totalizou R$ 216 ida e volta, de leito. O ônibus da Garcia desembarca na estação Barra Funda e o que leva até São Sebastião sai da Tietê. As estações são próximas uma da outra, mas, é preciso fazer o translado.

Na ida, como era tudo novo e o tempo estava apertado, meu tio gentilmente me deu uma carona entre uma e outra. Ele mora lá, era um sábado e ele acordou cedinho para me buscar. Gratidão eterna! Na volta, com folga, peguei um táxi, por simples conforto. Poderia ter pego metrô ou aplicativo de transporte compartilhado, que ficariam mais em conta. Todavia, uma opção melhor ainda – que descobri em Ilhabela com uma moradora que tem parentes em Maringá –, é tomar o ônibus até São José dos Campos e, de lá, descer para São Sebastião. Afinal, essa linha que sai de Maringá e passa por Londrina tem como ponto final essa cidade.

Não sei quais os valores, mas, a grande vantagem é fugir de São Paulo e não precisar trocar de estação rodoviária. Já a companhia que faz a linha capital-litoral é a Pássaro Marrom, antiga Litorânea, completamente diferente da nossa já tradicional e conhecida Viação Garcia. Um parênteses: a gente que está acostumado com a qualidade do serviço da empresa londrinense sente muita diferença quando viaja de ônibus pelo Brasil e pelo mundo. Sugestão: a Garcia podia comprar todas as outras empresas!

Voltando ao que interessa: ao chegar em São Sebastião, o ônibus da Pássaro Marrom deixa a gente num ponto em frente à balsa. Pedestre não paga a travessia. Chegando na ilha, tomei um ônibus (a passagem custa R$ 5) e fui até o hostel. Aplicativos de transporte compartilhado não funcionam em Ilhabela, pelo mesmo motivo que demoraram a ser aceitos por taxistas nas grandes cidades do Brasil. Detalhe: Detalhe: a Viação Fênix, que administra o transporte público por lá, reduz o valor da passagem a R$ 1 nos meses de verão, uma medida subsidiada pela prefeitura para estimular o uso do ônibus em vez do carro. Mas, para isso, é preciso fazer o cartão transporte, de maneira online, e retirá-lo em horário comercial durante a semana.

Viu como não é difícil? E rende uma baita economia!